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ROBERT
HOOKE
FÍSICO
INGLÊS (1635-1703)
Embora
estudasse na famosa Universidade de Oxford, Robert Hooke
provinha de uma família sem grandes posses e precisou trabalhar no refeitório
da escola para se manter, o que, aos olhos da sociedade da época, era
considerado depreciativo. Sua habilidade para construir aparelhos mecânicos,
no entanto, levou-o a ser convidado para trabalhar com Boyle e para ocupar o
cargo de "administrador das experiências" na Royal Society,
a mais importante sociedade científica inglesa. Ao longo de toda a sua vida,
porém, seus contemporâneos o descreveram como briguento, anti-social e
provocador de polêmicas. Sua paixão em participar de debates ferrenhos
(especialmente contra Newton, sua vítima favorita) também passaria à história,
juntamente com seu trabalho.
Hooke
estudou o comportamento das molas, descobrindo inicialmente que um corpo preso
a uma mola espiral, ao receber a ação de uma força, passa a oscilar com períodos
de tempo sempre iguais, não importando a amplitude do movimento. Essa
descoberta levaria à utilização de molas espirais em relógios, permitindo
não só a eliminação dos pêndulos, até então obrigatórios, mas também
o aumento da precisão desses instrumentos.
A
seguir, esse estudioso deduziu, em 1678, a lei física até hoje conhecida
como !ei de Hooke,
segundo a qual a força que faz uma mola (ou qualquer sistema elástico)
retornar à sua posição de equilíbrio é proporcional ao afastamento em
relação a essa posição.
Hooke
ainda realizou estudos em outras áreas, como a Astronomia, chegando a
descobrir uma estrela dupla. Esboçou uma teoria ondulatória da luz (só
formulada mais satisfatoriamente por Huygens, mais
tarde) e tentou desenvolver uma teoria da gravitação (tarefa na qual só
Newton teria sucesso).
Hooke
também foi responsável pela introdução da palavra "célula" na
Biologia. Ele descobriu que, vista ao microscópio, a cortiça se mostrava constituída
de uma série de pequenos espaços ocos, retangulares e alinhados. Como
esses espaços lembravam pequenos cômodos, deu-Ihes
o nome de células (ou seja, 'pequenas celas', em latim). Curiosamente,
aqueles vãos eram de fato os remanescentes das células do vegetal quando
vivo. Mais tarde, outros pesquisadores passariam a utilizar esse termo para
designar as estruturas elementares dos seres vivos.
BIBLIOGRAFIA
CHIQUETTO, Marcos; VALENTIM, Bárbara; PAGLIARI, Estéfano; Aprendendo Física; Editora Scipione; São Paulo; 1996